Garota em frente ao espelho

O que está por trás do medo da reprovação, de desagradar o outro, de dizer não e colocar limites ao outro? ?

Sentir pertencimento nos organiza. É muito difícil existir sem o amor e reconhecimento daqueles que nos são importantes. Isso tem muita relação com a figura representativa dos cuidadores da nossa primeira infância. O outro me vê e eu existo.

Estamos inseridos em uma cultura e precisamos nos adaptar a ela de forma a equilibrar quem somos vs as expectativas que existem sobre nós. Esse equilíbrio é importante para não haver uma aderência por completo ao que está fora, esquecendo de quem se é (em essência) e vivendo no automático, em função da aprovação de terceiros. É uma linha tênue pois somos seres sociais e, por constituição, não vivemos sozinhos.

Precisamos nos atentar com a nossa forma de lidar com o olhar do outro, com a opinião alheia. Quando dependemos desta aprovação e colocamos ela como a ÚNICA forma de sentir que estamos vivos acabamos tirando espaço da nossa espontaneidade, nossa força criativa e até cognitiva.

Gosto muito da pintura do Picasso de 1932 que se chama “Garota em Frente ao Espelho”.
Uma das interpretações possíveis e que acho muito real é a de uma pessoa que se vê diferente do que ela é em sua essência. Parece uma garota feliz, mas que ao confrontar sua própria imagem no olhar do outro (representado pelo espelho) seu reflexo parece triste, com medo, existindo sua própria imagem apenas sob todas as falhas que o mundo espelha e aponta para ela mesma.
Onde está o verdadeiro reflexo?

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